quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Watchmen - Crítica

Muitas pessoas que já viram o filme watchmen (baseado na obra-prima de Alan Moore, uma história em quadrinho) acharam chato. Mas eu acho que é porque não entenderam o real significado do filme, a real mensagem que ele traz, uma coisa brilhante.

O filme traz uma mensagem linda de se vale a pena mesmo vivermos para destruirmos o nosso meio ambiente, para criarmos guerra, para explodirmos bombas atômicas para mostrar superioridade. Se tudo o que a humanidade já fez dá a ela o "passe" de ainda ser aceita como parte do mundo, como "amiga" do mundo. Isso é o que pensa um dos protagonistas que "mata milhões para salvar bilhões" como ele mesmo diz. Vamos lá, explicar isso que eu falei: O mundo está vivendo o período da guerra fria, e num momento fictício os EUA e a Rússia vão mesmo lançar as bombas atômicas (diferente do que aconteceu na verdade), e existe um espécie de superhomem, ou Deus até (como ele é tratado por várias pessoas no filme) que pode impedir tudo isso. Mas ele é um ser tão superior que não liga mais para a humanidade, então não quer nem saber se o mundo vai se explodir. Portanto o personagem, que como citei acima tem aqueles pensamentos, lança bombas (como identidade energética parecida com a do Dr Manhattan, o Deus) nas principais capitais mundiais, fazendo com que o governo americano e russo pensem que foi o Dr Manhattan que fez isso (por causa da identidade energética das bombas) criando um inimigo em comum, o que fez com que não existisse mais conflitos entre os EUA e a Rússia.

Uma história muito bem bolada e complexa até poderíamos dizer, por isso um dos motivos de algumas pessoas acharem ela "chata".

Mas há alguns momentos no filme que me fazem refletir, momentos impressionantes como este em que uma amiga do Dr Manhattan tenta convencer ele a salvar a terra de várias maneiras, até que ele percebe que a humanidade tem sim seu valor e solta esse trecho maravilhoso, falando para a amiga:

"Milagres termodinâmicos... eventos com probabilidades astrônomicas de não ocorrer.. tais como o oxigênio transformar-se em ouro. Em casa acasalamento humano, um milhão de espermatozóides procuram um único óvulo. Multiplique essas probabilidades por incontáveis gerações...encontrando...gerando esse exato filho..aquela exata filha..

Sua mãe amou um homem que ela tinha todos os motivos para odiar. Dessa combinação, dois bilhões de crianças competindo para a fertilização e foi você, apenas você que emergiu.

Destilar uma forma tão específica daquele caos de improbabilidades, é como transformar ar em ouro, isso é o máximo da inverosimilhança. O milagre termodinâmico.

Mas o mundo está tão cheio de pessoas, tão abarrotados desses milagres, que eles se tornam comuns e nós esquecemos... eu esqueço. Nós olhamos continuamente para o mundo e ele se torna enfadonho em nossas percepções. Contudo, visto de um novo ângulo ele ainda pode ser supreendente. Excitante."

Brilhante, não?

Bom, então ele resolve voltar, para ajudar o mundo, mas as bombas já haviam sido lançadas, e ele percebe que mesmo podendo acabar com elas, mesmo podendo fazer elas não explodirem isso seria errado, pois voltaria o conflito entre os EUA e a Rússia, portanto ele deixa as bombas explodirem, para o conflito acabar. Ou seja, um sacrifício, pois ele tem que sair do planeta e viver solitariamente, pois ele é o maior inimigo, pois acham que foi ele que causou as explosões. As explosões que mataram milhões para salvar bilhões.

Um comentário:

  1. Eu curti o filme, leq. Vi inteiro duas vezes, a primeira vez e a terceira. E você mando bem no texto xD

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